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sábado, 18 de janeiro de 2014

Tecnologia para gerar eletricidade na Lua à noite


Refletores de Fresnel (azul e cinza escuro) concentram os raios solares em um coletor, abaixo do qual há um tubo cheio de fluido que se transforma em gás quando aquecido.

Esse gás aquece a massa térmica ou um reservatório (caixa cinza), que pode transferir esse calor para um motor Stirling (objeto em forma de cruz) para produzir eletricidade. Um radiador (azul) pode aquecer rovers e tripulantes. A capa amarela é um protetor que impede o calor de se dissipar rapidamente.[Imagem acima: Blai Climent et al.]

Energia solar à noite

Quando se fala em energia solar, todos se lembram do seu grande inconveniente: a energia só é gerada durante o dia, e precisa ser armazenada de alguma forma para ser usada à noite.

O problema será muito maior quando se tratar de abastecer estações tripuladas na Lua.

A noite lunar dura 14 dias terrestres, período no qual as temperaturas chegam a -150 º C.

Isso complica o movimento de veículos e o funcionamento de equipamentos em uma estação lunar, o que exigiria o transporte de pesadas baterias da Terra ou o uso da energia nuclear - contudo, mesmo usando uma fonte de radioisótopos, o robô chinês Yutu precisa ser desligado durante a noite lunar.

Agora, uma equipe de pesquisadores da Universidade Politécnica da Catalunha, na Espanha, apresentou duas opções para armazenar a energia solar produzida na Lua durante o dia para uso durante suas longas noites.

Energia térmica

"O primeiro sistema consiste em modificar fragmentos de regolito, o solo lunar, incorporando elementos como o alumínio, por exemplo, de tal forma que ele se torne uma massa térmica," explica Ricard Gonzalez-Cinca, um dos autores das propostas.

Essa massa térmica seria aquecida pelo Sol durante o dia, e o calor seria usado para gerar eletricidade durante a noite.

O segundo sistema é similar, mas mais sofisticado, incorporando um conjunto de espelhos e um motor térmico.

Os espelhos são refletores de Fresnel, como os usados em algumas tecnologias de energia solar na Terra, que concentram os raios solares sobre um tubo cheio de líquido. 

O calor converte o líquido em um gás, que é então usado para aquecer a massa térmica. Depois, durante a longa noite lunar, o calor é transferido para um motor Stirling para produzir eletricidade.

"Este sistema é melhor equipado do que o modelo anterior para projetos lunares com maiores necessidades de energia, como uma missão tripulada que precise passar a noite na Lua," disse Gonzalez-Cinca.

A NASA já apresentou planos para usar um motor Stirling para impulsionar naves, mas ele seria alimentado por plutônio, e não por energia solar.

A propósito, a NASA andava totalmente desinteressada na Lua, mas as coisas podem mudar com os programas espaciais da China, Índia e Japão, que já anunciaram planos de enviar missões tripuladas ao satélite.

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