Por Andrew R.C. Marshall e Manuel Mogato
Tacloban Filipinas, 12 Nov (Reuters) - O número de mortes provocadas pela passagem do supertufão Haiyan nas Filipinas é provavelmente de 2.000 ou 2.500, mas não o total relatado anteriormente de 10.000, afirmou o presidente do país, Benigno Aquino, enquanto navios britânicos e norte-americanos se dirigiam à região com ajuda.
"Dez mil, eu acho, é muito", disse Aquino em entrevista publicada no site da emissora CNN na Internet. "Houve um drama emocional envolvido nesta estimativa em particular", disse o presidente.
Aquino afirmou que o governo ainda está reunindo informações de várias áreas atingidas e que o número de vítimas fatais pode aumentar.
"Esperamos ser capazes de entrar em contato com cerca de 29 municípios que ainda temos que estabelecer seus números, especialmente de desaparecidos, mas até agora 2.000, cerca de 2.500, é o número que estamos trabalhando em relação às mortes", afirmou.
Nesta terça-feira, o número oficial de mortos é de 1.774.
As autoridades filipinas não deram conta da reação ao supertufão Haiyan, um dos mais violentos já registrados, que atravessou na sexta-feira a região central das Filipinas e devastou Tacloban, a capital costeira da província de Leyte.
Funcionários locais inicialmente disseram temer a morte de 10.000 pessoas, muitas afogadas em uma espécie de tsunami causado pelo tufão.
Também nesta terça-feira, o porta-aviões norte-americano USS George Washington partiu para as Filipinas com cerca de 5.000 militares e mais de 80 aviões para acelerar os trabalhos de resgate. O porta-aviões já tem a companhia de quatro navios dos Estados Unidos, e outros dois devem chegar nos próximos três dias, afirmou o Pentágono.
"O tempo está bastante ruim lá, estão estamos limitados pelos mares e pelo vento", disse o capitão Thomas Disy, comandante do USS Antietam, um cruzador que é parte do grupo do porta-aviões, a jornalistas em Hong Kong. "Mas iremos o mais rapidamente possível."
Mantimentos chegam sem parar a Tacloban, passando por estradas ladeadas por cadáveres e destroços, sob mais chuva. Equipes humanitárias enfrentam dificuldades para alcançar cidades e povoados ainda isolados, e só depois que isso acontecer será possível dimensionar as perdas de vidas e patrimônio.
"Há centenas de outras cidades e aldeias espalhadas por milhares de quilômetros que estavam na rota do tufão e com as quais todas as comunicações foram interrompidas", disse a coordenadora de emergências da ONG Médicos Sem Fronteiras nas Filipinas, Natasha Reyes.
"Ninguém sabe qual é a situação nesses lugares mais rurais e remotos, e vai demorar algum tempo até termos um quadro completo", afirmou.
Natasha descreveu essa devastação como algo inédito nas Filipinas, um arquipélago muito propenso a desastres, com mais de 7.000 ilhas e a passagem de cerca de 20 tufões por ano. Ela comparou a tempestade a "um violento terremoto seguido por enormes inundações".
Cerca de 660.000 pessoas estão desabrigadas, muitas delas sem acesso a água, alimentos ou remédios, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).
A Grã-Bretanha também está enviando um navio militar com equipamento para tornar potável a água do mar, além de um avião de transporte militar. A embarcação HMS Daring já deixou Cingapura e deve chegar às Filipinas em dois ou três dias.
O presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, disse que a instituição está cogitando intensificar seu programa de transferência financeira para as Filipinas por causa da tempestade.
Calamidade Nacional
Aquino declarou estado de calamidade nacional e mobilizou centenas de soldados em Tacloban, uma cidade portuária outrora vibrante, com 220.000 habitantes, agora reduzida a escombros e sem sinal de presença governamental, já que os funcionários municipais e hospitalares estão mais preocupados em salvar suas famílias e encontrarem comida.
O governo de Tacloban foi exterminado pelo tufão, segundo o secretário do Interior, Manuel Roxas. Autoridades morreram, desapareceram ou estão traumatizadas demais para trabalhar. Dos 293 policiais da cidade, apenas 20 se apresentaram para suas tarefas, segundo ele.
"Hoje estabilizamos a situação. Não há mais relatos de saques. O fornecimento alimentar está chegando. Até 50.000 pacotes de alimentos estão chegando por dia, e cada pacote pode alimentar uma família de cinco pessoas durante três dias", afirmou ele.
Dois cargueiros C-130 da Força Aérea filipina pousaram na manhã desta terça-feira em Tacloban, mas levavam mais soldados do que mantimentos. Entre os militares havia uma unidade das Forças Especiais, salientando a preocupação do governo com a inquietação civil.
Os custos financeiros da destruição ainda não estão estimados com precisão. Uma primeira avaliação feita pela empresa alemã CEDIM Forensic Disaster Analysis estimou o total em 8 a 19 bilhões de dólares.
(Reportagem adicional de Rosemarie Francisco e Karen Lema, em Manila; de Phil Stewart e Susan Heavey, em Washington; de Michelle Nichols, na ONU; de Belinda Goldsmith, em Londres; e de Greg Torode, em Hong Kong)
Tacloban Filipinas, 12 Nov (Reuters) - O número de mortes provocadas pela passagem do supertufão Haiyan nas Filipinas é provavelmente de 2.000 ou 2.500, mas não o total relatado anteriormente de 10.000, afirmou o presidente do país, Benigno Aquino, enquanto navios britânicos e norte-americanos se dirigiam à região com ajuda.
"Dez mil, eu acho, é muito", disse Aquino em entrevista publicada no site da emissora CNN na Internet. "Houve um drama emocional envolvido nesta estimativa em particular", disse o presidente.
Aquino afirmou que o governo ainda está reunindo informações de várias áreas atingidas e que o número de vítimas fatais pode aumentar.
"Esperamos ser capazes de entrar em contato com cerca de 29 municípios que ainda temos que estabelecer seus números, especialmente de desaparecidos, mas até agora 2.000, cerca de 2.500, é o número que estamos trabalhando em relação às mortes", afirmou.
Nesta terça-feira, o número oficial de mortos é de 1.774.
As autoridades filipinas não deram conta da reação ao supertufão Haiyan, um dos mais violentos já registrados, que atravessou na sexta-feira a região central das Filipinas e devastou Tacloban, a capital costeira da província de Leyte.
Funcionários locais inicialmente disseram temer a morte de 10.000 pessoas, muitas afogadas em uma espécie de tsunami causado pelo tufão.
Também nesta terça-feira, o porta-aviões norte-americano USS George Washington partiu para as Filipinas com cerca de 5.000 militares e mais de 80 aviões para acelerar os trabalhos de resgate. O porta-aviões já tem a companhia de quatro navios dos Estados Unidos, e outros dois devem chegar nos próximos três dias, afirmou o Pentágono.
"O tempo está bastante ruim lá, estão estamos limitados pelos mares e pelo vento", disse o capitão Thomas Disy, comandante do USS Antietam, um cruzador que é parte do grupo do porta-aviões, a jornalistas em Hong Kong. "Mas iremos o mais rapidamente possível."
Mantimentos chegam sem parar a Tacloban, passando por estradas ladeadas por cadáveres e destroços, sob mais chuva. Equipes humanitárias enfrentam dificuldades para alcançar cidades e povoados ainda isolados, e só depois que isso acontecer será possível dimensionar as perdas de vidas e patrimônio.
"Há centenas de outras cidades e aldeias espalhadas por milhares de quilômetros que estavam na rota do tufão e com as quais todas as comunicações foram interrompidas", disse a coordenadora de emergências da ONG Médicos Sem Fronteiras nas Filipinas, Natasha Reyes.
"Ninguém sabe qual é a situação nesses lugares mais rurais e remotos, e vai demorar algum tempo até termos um quadro completo", afirmou.
Natasha descreveu essa devastação como algo inédito nas Filipinas, um arquipélago muito propenso a desastres, com mais de 7.000 ilhas e a passagem de cerca de 20 tufões por ano. Ela comparou a tempestade a "um violento terremoto seguido por enormes inundações".
Cerca de 660.000 pessoas estão desabrigadas, muitas delas sem acesso a água, alimentos ou remédios, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).
A Grã-Bretanha também está enviando um navio militar com equipamento para tornar potável a água do mar, além de um avião de transporte militar. A embarcação HMS Daring já deixou Cingapura e deve chegar às Filipinas em dois ou três dias.
O presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, disse que a instituição está cogitando intensificar seu programa de transferência financeira para as Filipinas por causa da tempestade.
Calamidade Nacional
Aquino declarou estado de calamidade nacional e mobilizou centenas de soldados em Tacloban, uma cidade portuária outrora vibrante, com 220.000 habitantes, agora reduzida a escombros e sem sinal de presença governamental, já que os funcionários municipais e hospitalares estão mais preocupados em salvar suas famílias e encontrarem comida.
O governo de Tacloban foi exterminado pelo tufão, segundo o secretário do Interior, Manuel Roxas. Autoridades morreram, desapareceram ou estão traumatizadas demais para trabalhar. Dos 293 policiais da cidade, apenas 20 se apresentaram para suas tarefas, segundo ele.
"Hoje estabilizamos a situação. Não há mais relatos de saques. O fornecimento alimentar está chegando. Até 50.000 pacotes de alimentos estão chegando por dia, e cada pacote pode alimentar uma família de cinco pessoas durante três dias", afirmou ele.
Dois cargueiros C-130 da Força Aérea filipina pousaram na manhã desta terça-feira em Tacloban, mas levavam mais soldados do que mantimentos. Entre os militares havia uma unidade das Forças Especiais, salientando a preocupação do governo com a inquietação civil.
Os custos financeiros da destruição ainda não estão estimados com precisão. Uma primeira avaliação feita pela empresa alemã CEDIM Forensic Disaster Analysis estimou o total em 8 a 19 bilhões de dólares.
(Reportagem adicional de Rosemarie Francisco e Karen Lema, em Manila; de Phil Stewart e Susan Heavey, em Washington; de Michelle Nichols, na ONU; de Belinda Goldsmith, em Londres; e de Greg Torode, em Hong Kong)
Fonte: Reuters Brasil
Via: Revellati online
ISRAEL AJUDA FILIPINAS: http://israelemportugues.blogspot.com/2013/11/israel-ajuda-filipinas.html
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