Nas aves, a estirpe H6N1 é comum Nicolas asfouri/AFP
Vera Novais
Nas aves, a estirpe é pouco patogénica. Mas cientistas alertam para o facto de que qualquer vírus de gripe aviária pode sofrer alterações que o tornem causador de gripe em humanos.
A infecção pelo vírus H6N1, a causa mais comum de gripe aviária tanto entre espécies de aves selvagens como domésticas, ainda não tinha sido detectada em humanos. Uma equipa de Taiwan, que inclui investigadores de universidades e centros hospitalares, apresentou esta quarta-feira, na revista médica The Lancet, o caso de uma mulher de 20 anos com uma infecção por este vírus.
Embora bastante comum, o vírus H6N1 é conhecido por uma baixa patogenicidade nas aves e por reduzidos surtos de mortalidade. Porém, a estirpe de H6N1 presente em Taiwan desde 1972, apresenta uma variação genética única que a distingue das estirpes presentes na China ou em Hong-Kong.
“Enquanto este vírus [estirpe H6N1 de Taiwan] continuar a evoluir e a acumular variações, pode aumentar o risco de infecções humanas”, diz, em comunicado, um dos autores do estudo, Ho-Sheng Wu, do Centro de Controlo de Doenças de Taiwan.
Esta evolução do vírus pode ainda potenciar as transmissões entre humanos e infecções cruzadas entre outros mamíferos, lê-se no artigo. No entanto, nenhuma prova destes modos de transmissão foi demonstrada.
Quando a doente deu entrada no hospital com sintomas de gripe, em Maio deste ano, foi possível detectar o vírus H6N1 na sua garganta. Pela entrevista realizada à doente, percebeu-se que não tinha estado em contacto com aves, nem tinha efectuado nenhuma viagem nos últimos três meses.
“Enquanto este vírus [estirpe H6N1 de Taiwan] continuar a evoluir e a acumular variações, pode aumentar o risco de infecções humanas”, diz, em comunicado, um dos autores do estudo, Ho-Sheng Wu, do Centro de Controlo de Doenças de Taiwan.
Esta evolução do vírus pode ainda potenciar as transmissões entre humanos e infecções cruzadas entre outros mamíferos, lê-se no artigo. No entanto, nenhuma prova destes modos de transmissão foi demonstrada.
Quando a doente deu entrada no hospital com sintomas de gripe, em Maio deste ano, foi possível detectar o vírus H6N1 na sua garganta. Pela entrevista realizada à doente, percebeu-se que não tinha estado em contacto com aves, nem tinha efectuado nenhuma viagem nos últimos três meses.
Das pessoas com quem tinha interagido recentemente, poucas tinham contraído infecções respiratórias, que foram curadas antes de ter sido possível relacioná-las (ou não) com o vírus H6N1. Embora o vírus tenha sido posteriormente encontrado em duas explorações de aves na sua área de residência, não foi possível provar a origem da infecção.
“A ocorrência de um caso de infecção por H6N1 em humanos mostra como é difícil prever a ocorrência de infecções das populações humanas”, concluem os autores deste estudo. “O nosso relatório sublinha a necessidade de preparação contra as gripes pandémicas, incluindo a vigilância apertada para a evolução de todos os tipos de vírus responsáveis por gripes aviárias.”
“A ocorrência de um caso de infecção por H6N1 em humanos mostra como é difícil prever a ocorrência de infecções das populações humanas”, concluem os autores deste estudo. “O nosso relatório sublinha a necessidade de preparação contra as gripes pandémicas, incluindo a vigilância apertada para a evolução de todos os tipos de vírus responsáveis por gripes aviárias.”
Fonte: Público
Via: Revellati online
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