Em nove de novembro de 1989, um dos mais famosos símbolos da Guerra Fria (1947 – 1991) foi derrubado. Estamos falando do Muro de Berlim, responsável por ter dividido, desde 1961, a Alemanha em dois países antagônicos: de um lado, a República Federal da Alemanha, aliada ao bloco capitaneado pelos Estados Unidos e, de outro, a República Democrática Alemã, aliada ao bloco soviético.
A divisão do Estado alemão ilustrava, em escala regional, a lógica bipolar das esferas de influência entre os projetos capitalista e socialista ao nível planetário. Com o fim da URSS em 25 de dezembro de 1991 e o término da Guerra Fria, firmou-se uma nova lógica de influências políticas, caracterizada pela multipolaridade, sistema em que potências regionais dividem espaço com as antigas e tradicionais potências, por intermédio de organizações internacionais e da integração econômica.
Na transição entre o fim da Guerra Fria e o início do século XXI, no entanto, foi levantada a hipótese do surgimento de uma nova era, em que o período bipolar seria procedido pela unipolaridade, isto é, cogitou-se que as relações de poder seriam orquestradas exclusivamente pela hegemonia política e pela capacidade dissuasória militar dos Estados Unidos.
A divisão do Estado alemão ilustrava, em escala regional, a lógica bipolar das esferas de influência entre os projetos capitalista e socialista ao nível planetário. Com o fim da URSS em 25 de dezembro de 1991 e o término da Guerra Fria, firmou-se uma nova lógica de influências políticas, caracterizada pela multipolaridade, sistema em que potências regionais dividem espaço com as antigas e tradicionais potências, por intermédio de organizações internacionais e da integração econômica.
Na transição entre o fim da Guerra Fria e o início do século XXI, no entanto, foi levantada a hipótese do surgimento de uma nova era, em que o período bipolar seria procedido pela unipolaridade, isto é, cogitou-se que as relações de poder seriam orquestradas exclusivamente pela hegemonia política e pela capacidade dissuasória militar dos Estados Unidos.
Com essa ideia em mente, o presidente George Bush (pai), ante a previsível ruína da URSS, anunciou, em agosto de 1990, o início de uma “Nova Ordem Mundial.”
A Nova Ordem Mundial correspondeu, em realidade, ao processo de consolidação da supremacia das relações econômicas capitalistas ao nível mundial, à abertura das ex-repúblicas soviéticas ao modelo liberal e à disseminação de conflitos regionalizados, como consequência da nova distribuição do poder, como a Guerra do Iraque (1990 – 1991), a Guerra da Bósnia (1992-1995), o massacre de Ruanda (1994), entre outros.
A Nova Ordem Mundial acabou dando nome a um período de transição associado ao paradigma econômico mundial defendido pelos EUA no Consenso de Washington (1989), conhecido como neoliberalismo. O neoliberalismo defenderia a mínima participação do Estado na economia, a flexibilização das leis trabalhistas, a dependência financeira dos Estados de menor desenvolvimento aos grandes credores internacionais (FMI e Banco Mundial, por exemplo) e o livre mercado (a despeito das diferentes capacidades competitivas existentes entre os Estados).
A Nova Ordem Mundial acabou dando nome a um período de transição associado ao paradigma econômico mundial defendido pelos EUA no Consenso de Washington (1989), conhecido como neoliberalismo. O neoliberalismo defenderia a mínima participação do Estado na economia, a flexibilização das leis trabalhistas, a dependência financeira dos Estados de menor desenvolvimento aos grandes credores internacionais (FMI e Banco Mundial, por exemplo) e o livre mercado (a despeito das diferentes capacidades competitivas existentes entre os Estados).
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