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segunda-feira, 8 de setembro de 2014

General Russo Fala sobre um "Ataque Nuclear Preventivo contra a OTAN"


Em meio a uma escalada verbal e diplomática entre o ocidente e a Rússia, repleta de gestos e declarações cada vez mais altissonante, o general russo Yury Yakubov, pediu que a Rússia modernize sua doutrina militar, cuja última atualização foi em 2010, para identificar claramente os EUA e seus aliados da OTAN como principais inimigos de Moscou.

E não somente isso. O general pediu que a Rússia especifique as condições das quais deveria lançar um ataque nuclear preventivo contra os 28 membros da OTAN.

O general Yury Yakubov

Lembre-se que em 2010 a doutrina militar russa, define a expansão da OTAN como um ameaça à segurança nacional da Rússia e reafirma seu direito de utilizar armas nucleares em uma postura meramente defensiva, mas está muito longe de declarar a OTAN como principal adversário de Moscou e sobretudo está muito longe de apresentar cenários de ataque nuclear preventivo, algo que inequivocamente lembra a Guerra Fria.


Yakubov afirma que a guerra de informação que está sendo travada sobre a crise na Ucrânia, onde o bloco ocidental acusa a Rússia de armar os separatistas pró-russos que lutam contra o governo em Kiev e o recente anúncio da OTAN em estabelecer uma presença militar permanente na Europa Oriental, tem reavivado os temores iniciais de que as alegações de não agressão da NATO contra a Rússia não são sinceras.

Lembre-se o que o ex presidente russo, Dmitry Medvedev, disse em novembro de 2008, em seu primeiro discurso presidencial ao povo russo:

"A Rússia vai implantar sistemas de mísseis Iskander em seu enclave de Melingrado para neutralizar, se necessário, o sistema de mísseis anti-balísticos na Europa"

Ele se referia, evidentemente, ao sistema de mísseis anti-balísticos da OTAN instalado na Europa sob o pretexto de proteger o continente dos possíveis ataques de países como Irã ou Coreia do Norte, mas cuja orientação, como muitos especialistas afirmam, era realmente contra a Rússia.

A instalação do escudo foi acordada na Conferência da NATO em Lisboa, em 2010.

Pois bem, o governo russo cumpriu sua advertência e tais medidas se aplicaram no final do ano passado:

"A Rússia instalou mísseis com um alcance de 500 km em seu enclave de Melingrado e ao longo de sua fronteira com os Estados Bálticos da Estônia, Letônia e Lituânia, de acordo com o jornal alemão Bild-Zeitung citando autoridades de defesa não foram identificados."

As imagens de satélite mostram um número de unidades móveis "de dois dígitos" identificados como "SS-26 Stone," de acordo com o código usado pelo código NATO. Os mísseis ficaram estacionados nos últimos 12 meses. Os SS-26 podem carregar armas convencionais e ogivas".

Assim, a tensão aumenta e a Rússia não parece disposta a ceder às pressões ocidentais.

Mas parece disposta a mostrar toda sua força militar, como medida de advertência diante de possíveis agressões.

Está cada vez mais longe de ser um simples jogo político baseado em intercâmbio de declarações...

Fontes: Periodismo Alternativo - El Robot Pescador - Zero Hedge - A Nova Ordem Mundial

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