Num conflito armado, um robô pode decidir quem é que vai matar? A interrogação está animar o debate que começou esta terça-feira em Genebra.
Participam representantes dos 117 países que assinaram a Convenção das Nações Unidas que proibe armas autónomas.
As opiniões dividem-se e as organizações civis dizem que a decisão de matar já pertence unicamente às armas.
Jody Williams, prémio Nobel da Paz de 1997 aponta o dedo acusador:
“Se os robôs foram autorizados a desenvolver-se plenamente, de modo a serem robôs autónomos, assassinos, como gosto de lhes chamar, serão capazes de ser programados e tomar as decisões, sobre quando, onde, quem e como atacar”.
Noel Sharkey, professor de Inteligência Articial e Robótica, na Universidade de Sheffield, corrobora:
“Não há nada, em inteligência artificial ou robótica, que permita distinguir um combatente de um civil. Seria impossível distinguir entre uma criança a apontar um sorvete e um robô ou alguém a apontar uma arma”.
Estados Unidos e China são os principais produtores deste tipo de armas. Mas ninguém sabe ao certo, quantas existem, no mundo inteiro.
Calcula-se que, só os Estados Unidos possuam 11 mil aviões não tripulados e 12 mil robôs terrestres. Um segundo exército, desprovido de sentimentos.
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